quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O problema do ser e do estar





















Mesmo com todo o empenho da tecnologia em mudar as qualidades físicas das pessoas, o embate de milênios ainda persiste. É impossível definir quem somos de verdade! É certo que não ficaremos toda a eternidade nesta vida. Por isso, estamos neste mundo. Mas ao mesmo tempo que estamos de uma maneira passageira e efêmera, somos convidados a ser aquilo que somos. Ora, o grande desafio é: devo ser no mundo ou estar no mundo?



Martin Heidegger, na minha opinião, traduz muito bem a possível resposta. Ele usa o termo "Dasein", que provêm de outras duas palavras do alemão: da + sein. 'Da' significa aí, 'sein' significa o verbo ser e estar, como o verbo "To be" no inglês. Heidegger usa a palavra "dasein" para definir a existência humana. Somos um "ser-aí", uma presença, exatamente porque temos consciência dela, diferentemente dos animais, que não têm razão.

Mas como ser aí? Como ser quem sou, na minha humilde existência mortal? Não podemos ter a pretensão de ser eternos e imutáveis. Ser-aí, na minha opinião, expressa bem o que quero dizer: seja aí tudo o que você é, sem se importar com as opiniões ou as modinhas alheias.

O que isso tem a ver com o que disse no início? A tecnologia, a moda e a (pós)modernidade podem nos fazer meros controlados, manipulados e lançados ao bel-prazer de nossos próprios instintos. Ser-aí é um desafio, porque muitas vezes não estamos preparados para assumir a responsabilidade racional de nossa existência. Analise bem o que eu disse. Talvez todos nós podemos "estar-aqui" sem ser o que somos de verdade.

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