terça-feira, 6 de setembro de 2011

Gottfried Leibniz - Parte 1


Aqui publico alguns trechos de um trabalho que fiz na Faculdade sobre o filósofo racionalista Gottfried Leibniz. Vale à pena dar uma olhada!

Biografia de Leibniz
Gottfried Wilhelm Leibniz nasceu na cidade de Leipzig, na Saxônia (uma província da atual Alemanha) no primeiro dia de julho de 1646. Seu pai, Friedrich Leibniz, era professor de filosofia na Universidade da cidade.
Sua mãe, Catarina Schmuck, foi quem o criou por toda a sua infância, pois seu pai faleceu quando o pequeno Gottfried havia apenas 6 anos. Na sua infância, Leibniz aprendeu como autodidata latim e grego até os 12 anos.
No campo intelectual, embora tendo outros colegas de classe inteligentes, era o que se destacava da turma. Foi admitido na Universidade de Leipzig aos 15 anos, no curso de Filosofia. Graduou-se em dois anos; depois cursou Direito em Jena. Aos 20 anos candidatou-se ao título de Doutor em Jurisprudência na Universidade de Leipzig, mas tal título foi negado devido à sua tenra idade. Leibniz, então, buscou o título na Universidade de Altdorf, alcançando o grau de doutor com a tese De casibus perplexis. Lá, os docentes não deram-lhe apenas o grau, mas também a proposta de assumir a cátedra de Direito da Universidade, o qual Leibniz rejeita.
Pelo seu título de doutor em Direito, apareceu-lhe em 1667 uma proposta de trabalho do Barão de Boineburg. Seu trabalho era diplomático, impedindo que o Rei Luís XIV, da França, invadisse a Holanda. Leibniz deveria convencer o Rei a invadir o Egito, “atacando os infiéis”. O filósofo aceitou prontamente. Com esse objetivo, Leibniz morou em Paris por quatro anos. Mesmo não tendo sucesso em sua missão diplomática e com o falecimento do barão em 1672, sua estadia na França foi frutífera, pois conheceu inúmeros intelectuais contemporâneos: Arnauld, o representante do jansenismo, Nicolas Malebranche, um famoso filósofo francês, e o físico holandês Christiaan Huygens. Em 1673, numa viagem a Londres, conhece o matemático Robert Boyle e a congregação científica britânica recém-fundada Royal Society. Em 1675, Leibniz desenvolve seus cálculos matemáticos, descobrindo o cálculo infinitesimal ao mesmo tempo que Isaac Newton. A obra Principia Mathematica de Newton apareceu três anos depois. Ao ver os resultados de Leibniz, Newton o acusa de plágio. Em 1676, tem seu famoso encontro com Baruch Spinosa em Haia, na Holanda, tendo ele lido algumas páginas manuscritas de sua Ética a Leibniz (REALE, 2005). Depois disso, o alemão assumiu o cargo de bibliotecário em Hannover, cargo que exerceu até a sua morte. Mesmo trabalhando na biblioteca, Leibniz não deixou de desenvolver seus projetos pessoais. Um deles, realizado de 1678 a 1679, consistia em drenar minas de água nas montanhas de Harz, no norte da Alemanha. Ele desejava realizar tal tarefa usando bombas com a força do vento e da água. Seu esforço, contudo, foi em vão. Leibniz atribuiu seu fracasso aos trabalhadores, que possivelmente receavam perder seus empregos para a sua máquina.
No cenário político de sua época, a situação era complicada. Despontava um forte nacionalismo entre os recém-nascidos países europeus. Leibniz, como diplomata, sonhava com a criação de uma confederação dos países europeus. Infelizmente a sua ideia, como diz Bertrand Russell (2001, p. 291), “caiu em ouvidos moucos”. O alemão, mesmo sendo membro da Royal Society inglesa, não foi convidado para as cerimônias de posse do Rei Jorge I, acontecida em 1714, provavelmente pela sua polêmica com Isaac Newton. Esquecido, morreu em Hannover, em 14 de novembro de 1716, tendo seu velório acompanhado apenas por seu secretário.


O Harz é uma região na Baixa Saxônia, localizada no norte da Alemanha. É famosa por sua grande cadeia montanhosa, e por ter abrigado personalidades como Goethe, Heinrich Heine e Martinho Lutero. Várias de suas cidades, como Quedlinburg e Goslar, são patrimônios da Humanidade.

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