terça-feira, 25 de outubro de 2011

A "Crítica da Razão Pura", de Immanuel Kant - #2


O filósofo alemão Immanuel Kant tornou-se
um marco na Filosofia.
Nascido em Königsberg (atual Kaliningrado, na Rússia), Immanuel Kant (1724-1804) tornou-se um marco na Filosofia ao fundar um pensamento crítico, que publicou nas suas Críticas: da Razão Pura, da Razão Prática e do Juízo. Kant pretendia avaliar e superar a querela mantida entre os sistemas racionalista (liderado por René Descartes e Gottfried Leibniz) e empirista (sustentado por David Hume e John Locke).
Kant funda sua filosofia na busca de resolver o que ele mesmo dizia ser um "escândalo": a divergência nas respectivas epistemologias (teoria de como conhecemos as coisas) dos sistemas filosóficos citados acima.

A pergunta que Kant usa para iniciar seu pensamento é: "É possível existir uma razão pura, independente da experiência sensível?". Ao ler os trabalhos de David Hume e acordar de seu "sono dogmático", Kant afirmou que tanto a experiência quanto a razão possuem importância no conhecimento. Além disto, não é o objeto que se dá a conhecer, mas é o sujeito que percebe e se relaciona com o objeto. Assim, o filósofo causa a "Revolução Copernicana" na Filosofia, pois mudou os seus paradigmas epistemológicos.

Kant não admite o conhecimento de Deus.
Depois de superar a briga entre racionalistas e empiristas, Kant distingue três tipos de juízos: os juízos analíticos, que são a priori e não produzem conhecimento; os juízos sintéticos, que são a posteriori e produzem conhecimento (o fogo queima); além disto, existem os juízos sintéticos a priori, que são independentes da experiência, mas estão relacionados a ela. Nesta categoria estão, por exemplo, as leis matemáticas e físicas, que ampliam o conhecimento do indivíduo, mas não estão ligadas à experiência. Como podemos explicar empiricamente que 4b-5c+3a=0?

Para Immanuel Kant, o conhecimento de algo é a relação entre a sensibilidade e entendimento (razão), com a proeminência do sujeito sobre o objeto. A sensibilidade é a porta de entrada do conhecimento. Como Deus, por exemplo, é um ser totalmente transcendente, é impossível conhecê-lo, já que ele não pode ser conhecido de maneira material. Esta ideia, para alguns autores, fundou o ateísmo moderno, que chegou ao seu ápice com a famosa frase de Nietzsche: "Deus está morto". Deste modo, como dizia anteriormente, Kant foi um marco na Filosofia pois a influenciou em vários aspectos, como a epistemologia (ou teoria do conhecimento), a moral, a sistematização da Filosofia e um pensamento transcendental (voltado para o sujeito).

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